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Bayer

Farmacêutica

Empresa farmacêutica tem mais de 5% colaboradores com deficiência

Por Amanda Alether

A Bayer está presente no mercado brasileiro desde 1896 e atua no segmento de saúde e nutrição. A multinacional conta com 35 unidades em 11 estados e no Distrito Federal. Atualmente, a companhia tem cerca de 6,5 mil profissionais.

Foto: Divulgação/ Bayer

A empresa tem mais de 5% do seu quadro de funcionários preenchido por profissionais com deficiência no Brasil. A Bayer não coloca empecilhos para a contração dos colaboradores PCD's e conta com o trabalho deles em todas as áreas da companhia. 

"Não existe um setor que se destaca, pois todas as vagas da Bayer são elegíveis para pessoas com deficiência. Além disso, disponibilizamos vagas específicas para este público quando um profissional com deficiência é promovido, muda de setor ou deixa a companhia. Nesses casos, sua posição é ocupada, necessariamente, por outro profissional com deficiência", explica a especialista de Inclusão e Diversidade da Bayer Marília Tocalino.

Foto: Marília Tocalino (Divulgação/ Bayer)

Além disso, a companhia tem promovido medidas para tornar o processo de recrutamento mais inclusivo. "Um exemplo recente é a eliminação de testes de inglês como critério classificatório", disse Marília.

Marília Tocalino tem deficiência visual e é colaboradora da Bayer há cerca de 10 anos. especialista de Inclusão e Diversidade também é coordenadora do projeto Educação para uma Vida Melhor, que visa dar conhecimento a população sobre ciência, saúde e nutrição. O conteúdo da ação foi disponibilizado na internet.

A Bayer cuida para que os profissionais com deficiência sejam integrados e eficazes no ambiente de trabalho. A empresa tem um plano de desenvolvimento em que todos os funcionários são avaliados de forma igualitária.

A empresa busca ter profissionais com vivências diversificadas e conta com um desenvolvimento de carreira que visa o reconhecimento de grupos minoritários. "Queremos conhecer o profissional além de seu currículo, saber sobre seus valores, suas ambições, perspectivas e suas experiências de vida", afirma Marília.

A Bayer tem cinco grupos de afinidade subdvididos para que esses grupos discutam práticas de inclusão: All In (generos), Blend (LGBTQ+), BayAfro (raças), Infinity (gerações) e Enable (pcd's).

Confira a matéria sobre o Grupo RD

Adaptações no trabalho

Além de promover a interação entre os colaboradores PCD's, a Bayer, por meio do Enable, oferece todas as adaptações para que esses profissionais exerçam o trabalho.

O analista de interação com o cliente Kaique Santos tem uma deficiência congênita nos pés. Ele não precisa usar nenhum suporte para realizar suas atividades. Mas reforça a importância do grupo de afinidade. "É importante que todos tenham as ferramentas que contribuam para uma rotina de trabalho confortável e acessível, para que explorem o seu potencial máximo", afirma.

Reconhecimento profissional

Kaique tem 24 anos e trabalha desde 2014 na Bayer. O jovem entrou na empresa como menor aprendiz e, mais tarde, foi contratado como assistente de comércio exterior. 

"Naquela época, estava cursando o Ensino Médio. Um ano depois, recebi um subsídio de 50% da Bayer para cursar administração com ênfase em comércio exterior. Em maio de 2017, participei de processo seletivo interno e assumi a posição de analista júnior de Contact Center", disse.

Em 2019, Kaique concluiu o curso de graduação e já começou a planejar seu futuro dentro da empresa. Atualmente, ele exerce o cargo de analista de Interação com o Cliente.

Foto: Kaique Santos (Divulgação/ Bayer)

O jovem que busca alcançar muitos objetivos em sua carreira, já teve seu trabalho reconhecido pela empresária Andrea Schwarz. "Ela gostaria de compartilhar histórias de alguns profissionais com deficiência da Bayer, e meu nome foi indicado para uma publicação no Linkedin."

Para Kaique o reconhecimento do seu trabalho serviu como motivação. "Recebi mensagens de pessoas que viram inspiração na minha história e fiquei muito feliz. Isso mostra que busco fazer a diferença", afirma.

Pergunta para a Bayer

A chamada “Lei de Cotas”, infere em empresas com mais de 100 funcionários que empregue pelo menos 2% de PCD’s. Caso a Lei não fosse aplicada mais, a empresa continuaria mantendo as pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários? 

R: A Bayer possui uma jornada bem estruturada de Inclusão & Diversidade, porque de fato acredita que ações que promovam o respeito à individualidade são fundamentais para explorar o potencial máximo de cada colaborador. Juntos, podemos elaborar soluções inovadoras e sustentáveis para os grandes desafios da sociedade. Por isso trabalhamos para que os times sejam cada vez mais diversos, guiados por líderes inclusivos.  

Temos esse conceito tão forte em nossa cultura organizacional que estipulamos uma meta global de aumentar a proporção de pessoas com deficiência em nosso quadro de colaboradores para mais de 5% até 2030. Este objetivo é importante, porque contempla todas as unidades da Bayer no mundo, inclusive as que estão em países que não possuem uma Lei de Cotas própria, como a Lei 8213 da constituição brasileira. (Marília Tocalino - especialista de Inclusão e Diversidade)


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